domingo, 9 de dezembro de 2012

ITAPARICA\SALVADOR


   Saimos do Morro de São Paulo pela manha e chegamos em Itaparica a noite, eu pensava que seria mais rápido mas nosso motor sofria um pouco (talvez ele também quisesse  ficar mais uns dias na Gamboa do Morro como eu). A lentidão foi na Bahia de todos os Santos, é uma área muito trafegada sendo necessário ir devagar mas tão devagar que dormi e só acordei chegando em Itaparica antes de ancorar. 
   Enseada cheia de barcos gringos, não observei nenhum com bandeira brasileira portanto ali não fizemos amizades, pois os gringos não o fazem é muito raro.
   Permanecemos três dias ancorados e com um problema um pouco maior para desembarcar, pois o espelho de popa do bote resolveu ser independente e se separou do resto dele. Era oque faltava não??
   No terceiro dia enquanto eu fazia almoço e o Cris algum reparo escutamos um assovio, quando subimos para olhar notamos que nosso barco tinha arado, ou seja a ancora estava solta e o barco navegava sozinho. Fui direto ligar o motor e o Cris resgatar a ancora, passamos bem pertinho de um barco que dizia “Adio” em sua inscrição... Por pouco não batemos! E quando o Cris subiu a ancora tinha uma garrafa pet enganchada nela por isso soltou. Que sufoco, demorei um dia inteiro pra me acalmar.
   Ficamos dois dias sem desembarcar e sem novas amizades, até entrarmos na Marina Cenab de Itaparica ai sim compartilhamos nossa alegria. As pessoas que trabalham na marina são gentis e interessadas em  ajudar e compartilhar informações úteis com os navegadores.
   Todo dia saiamos pra fazer um giro. Fizemos uma super reserva de provisões no supermercado Bompreço, recomendo! Fizemos limpeza do casco,  lavei roupa, o barco e a mim (enfim um banho com água abundante), abastecemos de água potável (grátis) que para os velejadores é uma bênção. Falta apenas encher os botijões de gás, que só encontraremos em Salvador. Ok uma passadinha no Pelourinho não é mau!
   Após quatro dias na marina saímos de Itaparica a tarde chegando em Salvador a noite, oque não é aconselhável pois há tantas luzes da cidade a noite e quase não se nota as bóias sinalizadoras para entrar sentido Forte de São Lourenzo. Mas enfim chegamos bem, enchemos os botijões de gás e encontramos um salvador da pátria que colou nosso bote (350,00). Dia seguinte após passeio no mercado modelo, Pelourinho, cidade alta, almoço e sorvete partimos rumo...ainda não sabíamos pois se a previsão fosse favorável seguiríamos a Cabedelo ou se necessário fosse  pararíamos em Alagoas ou Recife. Mas no final das contas apesar da chatice de sair daquela área de Salvador encontramos bons ventos que permaneceram. 


Itaparica



na maré baixa o banco de areia (a prua dos veleiros) vira uma praia

Cenab Itaparica, bote sem espelho de popa 



Salvador