Saimos
do Morro de São Paulo pela manha e chegamos em Itaparica a noite, eu pensava
que seria mais rápido mas nosso motor sofria um pouco (talvez ele também
quisesse ficar mais uns dias na Gamboa
do Morro como eu). A lentidão foi na Bahia de todos os Santos, é uma área muito
trafegada sendo necessário ir devagar mas tão devagar que dormi e só acordei
chegando em Itaparica antes de ancorar.
Enseada cheia de barcos gringos, não
observei nenhum com bandeira brasileira portanto ali não fizemos amizades, pois
os gringos não o fazem é muito raro.
Permanecemos
três dias ancorados e com um problema um pouco maior para desembarcar, pois o
espelho de popa do bote resolveu ser independente e se separou do resto dele. Era
oque faltava não??
No
terceiro dia enquanto eu fazia almoço e o Cris algum reparo escutamos um
assovio, quando subimos para olhar notamos que nosso barco tinha arado, ou seja
a ancora estava solta e o barco navegava sozinho. Fui direto ligar o motor e o
Cris resgatar a ancora, passamos bem pertinho de um barco que dizia “Adio” em
sua inscrição... Por pouco não batemos! E quando o Cris subiu a ancora tinha
uma garrafa pet enganchada nela por isso soltou. Que sufoco, demorei um dia inteiro
pra me acalmar.
Ficamos
dois dias sem desembarcar e sem novas amizades, até entrarmos na Marina Cenab
de Itaparica ai sim compartilhamos nossa alegria. As pessoas que trabalham na
marina são gentis e interessadas em
ajudar e compartilhar informações úteis com os navegadores.
Todo dia
saiamos pra fazer um giro. Fizemos uma super reserva de provisões no
supermercado Bompreço, recomendo! Fizemos limpeza do casco, lavei roupa, o barco e a mim (enfim um banho
com água abundante), abastecemos de água potável (grátis) que para os
velejadores é uma bênção. Falta apenas encher os botijões de gás, que só
encontraremos em Salvador. Ok uma passadinha no Pelourinho não é mau!
Após quatro
dias na marina saímos de Itaparica a tarde chegando em Salvador a noite, oque não
é aconselhável pois há tantas luzes da cidade a noite e quase não se nota as bóias
sinalizadoras para entrar sentido Forte de São Lourenzo. Mas enfim chegamos bem,
enchemos os botijões de gás e encontramos um salvador da pátria que colou nosso
bote (350,00). Dia seguinte após passeio no mercado modelo, Pelourinho, cidade
alta, almoço e sorvete partimos rumo...ainda não sabíamos pois se a previsão fosse
favorável seguiríamos a Cabedelo ou se necessário fosse pararíamos em Alagoas ou Recife. Mas no final
das contas apesar da chatice de sair daquela área de Salvador encontramos bons
ventos que permaneceram.
Itaparica |
na maré baixa o banco de areia (a prua dos veleiros) vira uma praia |
Cenab Itaparica, bote sem espelho de popa |
Salvador |