quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Panama

   Chegamos em Panama City 11 de fevereiro e no dia seguinte fomos de taxi até Colon (lugar nao recomendado). E na Marina Shelter Bay (vulgo Shelter pay) apaguei todo o passado em pouquíssimos instantes, e entrei na nova realidade. Tinhamos o barco na seca aproximadamente quatro metros de altura, calor dos infernos, exercito de formigas a bordo, enxame de mosquitos (inclusive se nao peguei febre amarela ali acho que nao pego mais), o barco estava infestado de cucarachas (isso mesmo baratas, de todos os tamanhos). E assim vivemos por alguns dias: combatendo as baratas, formigas, nos coçando e desinfestando o barco com nossas proprias maos. Apos o combate aos animais iniciamos os trabalhos especificos para a viagem, porque ate entao era para saude publica.
   Enquanto o Cris pensava e realizava os trabalhos de pintura anti vegetativa, manutençao da helice, conserto da geladeira, revisao do piloto ao vento, troca de valvulas, troca da estaçao de vento entre outros trabalhos que nao acabam jamais no barco, eu me ocupava de comprar comida, carrega-las e armazena-las. Entre comprar, carregar e armazenar eu ainda sim era cheia de duvidas em relaçao a quantidades (o Cris dizia que tinha que ter comida por um ano), como vou saber o quanto de pasta vai comer um italiano em um ano (um caminhão?). E liquidos quanto será necessario? Com ajuda da Paula do veleiro Paje (cujo blog Paje por ai) e suas planilhas, estudei um pouco, fiz umas contas e conclui que precisava trainar um barco um pouco menor que o Libero para levar tudo oque seria necessario. Entao desencanei, e quando vi todos os armarios, cabines, paiois, geladeira, compartimentos secretos ou pouco imaginaveis entupidos de comida fiquei um pouco mais relaxada e sofrendo menos com a possivel carencia de vegetais que estaria por vir.
   Passado um mes de trabalho arduo chegou o Raimondo, terceiro tripulante que nos acompanhara ate as Ilhas da Societa. E na marina encontramos outros barcos que farao o mesmo trajeto nesta mesma temporada, e pra nossa alegria sao italianos, portanto começamos a confraternizar ali mesmo na Shelter pay. Segundo barbecue excelente na companhia de Iacopo, Marco, Andrea, Carolina, Raimondo, Eu, Cris, Lehito e sua mulher.

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fogo na base militar
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                               Panama City                                          
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ahh natureza!
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  E no dia 12 de março atravessamos o canal de Panama com a ajuda de Marco e Fausto (do Guruça cat que ja atravessou o canal e também vai para a Polinesia Francesa ou melhor vai fazer a volta ao mundo). E a historia é grande em torno deste canal que parece ser um dos maiores esforços da humanidade. A passagem une os oceanos Pacifico e Atlantico possuindo 80 milhas de extensao, 26m de profundidade, sendo que as eclusas medem 305m de extensao e 33m de largura, sao elas Miraflores, Pedro Miguel e Gatun que compensam o desnivel dos dois oceanos. Eu nao tenho informaçoes  de como funciona mas sei que tem uma ferrovia que acompanha o canal ligando Colon a Panama City.
  A necessidade de construçao do canal ficou evidente ao governo dos EU quando os EU e Espanha se enfrentaram pela independencia de Cuba e um navio norte americano que estava no pacifico teve que fazer a rota do Cabo Horn para se unir as tropas norte americanas que combatiam no mar das Antilhas. O canal economizaria uma viagem de aproximadamente 20 mil km (aproximadamente segundo Wikipédia).
   A fim de concretizar o projeto de construçao do canal os EU fizeram acordo com Gra-Bretanha para obter exclusividade da construçao e posse do canal (pois os franceses ja haviam tentado a construçao do mesmo). E como sao astutos os EU estimularam e garantiram a separaçao do Panama que ate entao fazia parte da Colombia. Entretanto de acordo com um tratado (que nao sei o nome) a posse do canal foi tranferida ao Panama  em 2000, assim os norte americanos se retiraram em caráter definitivo, mas acredito que caso a segurança (dos EU) seja ameaçada eles vao reocupar o canal (afinal sao donos do mundo).

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    Ancoramos em Panama City onde permanecemos por apenas dois dias ate completar as burocracias exageradas e INUTEIS de Panama. Uma pena ter sido tao corrido pois na mesma ancoragem estava o Fausto e a Guta (do Guruça cat), Amparo e Irene minhas amigas residentes ali consegui reve-las mas por pouquissimas horas Smiley chorando. Nao sei porque a necessidade de correr assim gente, como se a vida ja nao fosse tao rapida!