sexta-feira, 17 de maio de 2013

PANAMA SAN BLAS



   Saimos de St Martin na quinta- feira 11 de abril, e graças a Andrea e Isabella (Creusa de ma) que por Deus nos deu um dia antes de partir as cartas detalhadas e o guia do Panamá navegamos tranqüilos sabendo oque tínhamos a frente.
   Eu ansiosa para sair, mas nem tanto quando me dei conta de que a navegação de popa também era desconfortável. A velocidade media era de 7 nos (boa) mas com ondas (grandiosas) de aproximadamente 6 metros o barco fazia movimentos pendulares incansavelmente. Ai me pergunto, porque não temos um catamara??? E aquele que diz que navegar é preciso e viver não??? Chapado de cachaça né, ou só navegava de multi casco. Sei que vou precisar permanecer uns três meses em San Blás para esquecer a labirintite e continuar navegando. 
* Correçao: Segundo uma amiga nossa que esta viajando pela costa da Venezuela e (daqui a pouco chega em San Blás uhuu) disse que a navegação com onda de popa é ainda pior para um catamarã, pois ha perigo de capotamento. Adicionando esta informação eu começo a entender que "navegar é preciso e viver não é preciso" porque NAO tem como viver deitado dentro de um barco minha gente! Então somente se veleja (instinto de sobrevivência) e quando encontrar uma boa enseada jogue sua ancora e comece a viver....!  
  No sexto dia de navegação desconfortável sempre com contatos diários na radio SSB (que descontrai um pouco), porem entediada com a pouca rotina e com as grandes ondas, resolvemos fazer mais uma tentativa de pesca na traina. De repente a linha começou a desenrolar e ser puxada pra longe numa velocidade constante, opa isso é peixe!! Durante a tentativa de resgate do peixe surge um pulo de um peixe espada que ao voltar na água quebrou nossa linha e levou tudo embora... Bora la comer atum enlatado mesmo.
   No sétimo dia de dormir mau chegamos em San Blas Islands e nossa primeira parada foi Holandes Cays: PARAISO dos índios Kuna Yala. Desembarcamos para o reconhecimento da ilha, primeiro snorkell e primeiro contato com os Kuna. 
   São na verdade atolos coralinos com areia branca, vários tons maravilindos de água, palmas, alguns borrachudos, piscinas naturais e poucas ocas de índios.
   A segunda ilha que fomos Holandes Cays Oeste, tem tudo aquilo que tinha na primeira mais uma taxa cobrada pelos índios!!! Alias somente no Brasil e nas ilhas francesas (fora das marinas) do Caribe não é cobrado nada para navegar pelo que constatamos até agora.  
   Eles ainda cobram uma taxa de fica ai anualmente (ao barco)+ imigração (seis meses) e taxa mensal aos Kunas, assim ninguém te aborrece ou melhor ninguém te cobra multa (segundo informações colhidas). E se resolvermos ir até a Cartagena, que dizem ser um bom lugar para manutenção do barco teremos que pagar novamente a taxa de permissão de navegação e imigração. Mesmo valendo um ano, se sair do território panamenho tens que pagar novamente. A pergunta que não quer calar é: Porque tenho que pagar uma taxa anual para o barco se nos (pessoas) podemos permanecer apenas 6 meses? O barco fica e eu tenho que sair?? Como assim??  
   E como o paraíso não existe mesmo no quarto dia de San Blas fomos queimar nosso lixo. Isso mesmo temos que fazê-lo pois a outra opção é entregar a um índio que cobra pelo serviço mas joga no mar...triste não?!?
  Há uma canoa motorizada que passa regularmente vendendo itens como rum, coca cola, frango,frutas, verduras, vegetais e até cigarros. Ha também as canoas locais que vendem peixes e molas (uma costura indígena toda colorida). Sem esquecer das lanchas de policia de fronteiras que estão sempre circulando nos atolos, eu achava que fosse para controlar a regularidade dos barcos mas um índio disse que é para oprimir o trafico de drogas da Colombia! 
  Bora mudar de atolo... agora para Caio Lemon, onde encontramos o maior numero de barcos ancorados (uns 15) e uma comunidade de italianos (alguns vivem aqui há anos). Neste atolo existe vida mundana (por isso tantos barcos) tem barzinho, Fernando (KUNA) que faz pão, lancha de vendas e de transporte, mas se quiser uma ancoragem solitária basta navegar 5, 6 milhas. Tem também sinal de internet da digicel olha que maravilha!!!
    Em Cayo Lemon fizemos muitas amizades de italianos, espanhois e brasileiros. E para nossa alegria um pessoal velejador jovial, sendo assim todos os dias temos companhia.   
    Navegamos até Chichime que fica a cinco milhas (uma hora) dali, o lugarzinho viu!!! Não da vontade de ir embora não... Naquela ilha os Kuna Yala alugam barracas ou ocas para os turistas por 35, 40 dólares com as refeições inclusas, tem movimento todos os dias é incrível. Também porque tem muitos barcos de charter em San Blas. Não há estrada que faça ligação do Panamá até a Colômbia somente via mar, então os mochileiros são quase 100% dos clientes que utilizam este serviço.
   Dia 13 de maio navegamos cinquenta milhas de San Blás rumo Porto Bello, que é uma cidade da provincia de Colon, uma das mais importantes durante a colonização, onde as riquezas (ouro) eram embarcadas com destino a Espanha.
   Em Porto Belo pegando ônibus até Sabanitas encontramos um bom mercado, banco, lojas, fast food... O lugar é bem feinho, sujo, quase abandonado eu diria. Uma parada para abastecimento de provisões, materiais específicos como de pesca, elétrica sendo também possível viajar a Colon ou Panamá City, pero se for de ônibus ha algumas restrições
   O Panamá divide-se em nove provínciastrês comarcas com status de província. O pais esta dividido pelo canal do Panamá que faz fronteira ao norte com o mar do caribe, leste com a Colômbia  sul com o pacifico e oeste com a Costa Rica. Sua capital é Panama City e a moeda o balboa.
   Depois de Porto Belo voltamos a San Blás e velejamos até Elephant. Ali permanecemos apenas um dia pois a correnteza predomina sobre o vento, sendo assim na ancoragem sempre estávamos muito próximos do Ananda Lahari que só tem prua e ficava paradão enquanto nos rodávamos na ancora. Em Elephant existem poitas para alugar de uma família que vive la, no caso de precisar ir a  Panama City e não ter ninguém pra olhar o barco tem esta opção.
  Depois seguimos a Coco Bandero, um dos melhores atolos eu diria com poucos barcos, poucos Kunas, muitos peixes, sinal de internet e uma paz imennnsa! A unica desvantagem é a proximidade da terra havendo assim maiores riscos de ser atingido por raios, oque é bem comum ali. Inclusive o Cristiano esta levantando uma estatística a respeito dos barcos atingidos por raios. Quantos deles haviam aterramento?? Sera que funciona?? sera que não?? Quando coletarmos mais informações eu divulgarei aqui no blog este dado importante para o velejador. Enquanto isso eu coloco todos os eletrônicos que cabem dentro do forno do fogão, vai que....!!!
   Foram ótimos dias em Coco Bandero alguns com a companhia do Marc, e outros dias com Gabriel e Ornela. E com ela sai um dia pra fazer snorkell e ela pescar o almoço, num certo momento ela me chama pra ver um peixão que talvez fosse uma garoupa (era oque almejávamos  para o prato principal) estava ali paradona meio boba porque estava acuada por um tubarão, ou seja ele queria o mesmo peixe que nós. Sei que graças a Deus nós e a suposta garoupa saimos ilesos daquele tubarão que não era  lixa não!!!
  Depois a velejada foi até Cayo Holandes na Swimming Poool. Agua clarissima, tamanho da enseada é bom para esperar os culo de pollo (piraja), correnteza bombando e uma comunidade de americanos (os sem bandeiras). Ficamos poucos dias mas mesmo assim tivemos de pagar a taxa dos KU. Estou de saco cheio de ter que pagar taxas em todo lugar que tem índio,todo mês. Eles vem pedir água,carregar celular, coca cola, revista, cola, cabo, lixa e eu não cobro nada, ahh estou ficando mole mesmo!! 
   A temporada de chuvas se aproxima e a quantidade de culo de pollo começa a ser intensa e diariamente, momento de mofar tudo. 
  Pensando na temporada que se aproxima e nas propostas de trabalho no Brasil resolvemos fazer uma temporada no Brasil. Bora la navegar até encontrar um bom lugar seguro para deixarmos nossa casa por alguns meses. 
  E Deus é muito bom mesmo né!?! Chegou o momento de ir ao Brasil ver a família, amigos, colocar a vida burocrática em ordem, trabalhar um pouco mais e programar a próxima etapa da viajem. 
   
  


piscina

















um espetáculo estas águas


mulher no volante







aquecimento global não chega aqui não heim




Chichime

comprando pão
molas 
ai ai viu

essas águas são d+ gente


oque esta garrafa faz ai???
Gabriel e Patrick

Cris, Gabriel e Patrick 
Yuri
Spartaco e Aquilea



Carti (não aconselho)

Carti
Panama City
pescador de tubarão


Rick
      Então é isso andiamo levantar o ferro e direcionar nossa prua rumo Colon. Passamos em Porvenir (ainda em San Blas) para dar saída do barco e adivinhem? TEM QUE PAGAR PRA SAIR! ABSURDO! E nossa amiga Ornella diz que os índios são indefesos, ingênuos? A ta e eu sou prima do Batman!!  Após sair de San Blas paramos três dias em Porto Linton na esperança de encontrar vento favorável para nos levar a Colon. Mas não teve como ir somente à vela, tivemos de motorar também, afinal as passagens aéreas estão compradas e temos apenas uma semana na qual teremos de  tomar todas as providencias para tirar o barco fora d’agua... Será que da  tempo ? dali Perkins!! Para mim o tempo será ainda menor, pois ficarei três dias fora do barco trabalhando em Panama City antes de voar para o Brasil. Foi um dia de viajem até Colon onde chegamos umas três horas da tarde, portanto deu pra ver o transito do canal, vários navios cargueiros indo e vindo.    Elegemos a marina Shelter bay (vulgo Shelter pay) para deixar nossa casa em segurança. Tivemos muito trabalho para podermos ficar despreocupados deixando um pedaço de nossos sonhos ali com aqueles americanos desprovidos de muitos sentimentos ao próximo. Eu não estou tão preparada para deixar o barco quanto eu pensei que estaria (uma semana é pouco), mas vamos adiante porque “o tempo não para”?!? Bora “temperar” o barco com vinagre (bom para retirar umidade), estocar todos os alimentos em tapware e garrafas pet, ensacar todas as roupas de cama, mesa, banho e pessoais pois não quero ter surpresas quando retorrnar. O legal de Colon foi que conhecemos os brasileiros Sergio de Paraty e o casal Paula e Mario que rodam pelo mundo afora no catamara Pajé, onde o Cris atravessou o canal de Panama para completar a tripulação exigida pelo canal. E aqui acaba nossa temporada 2013 no Libero! Proxima temporada será no Brasil Seguem as ultimas fotos tiradas de San Blas e Panama.
       


Marc do veleiro Ju



Arvores atingidas por raios



agua cheia de vida


 mar mais claro que o céu

idem

precisaremos de uma nova

temos companhia

Ananda Lahari

ceviche ceviche

kunas a vela


cuolo de pollo

para o canal

Panama City


Colon

amiga querida doce Amparo saudade




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